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Chefe do serviço secreto militar de Israel renuncia

22 de abril de 2024

Aharon Haliva é primeiro funcionário do alto escalão militar a renunciar devido a falhas relacionadas ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro.

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Aharon Haliva
Haliva, que tem 38 anos de serviço nas Forças de Defesa de Israel, permanecerá no cargo até um sucessor ser indicadoFoto: Israel Defense Forces via AP/picture alliance

O chefe do serviço secreto militar de Israel, Aharon Haliva, apresentou nesta segunda-feira (22/04) sua renúncia ao cargo por falhas relacionadas ao ataque terrorista de 7 de outubro, executado pelo grupo Hamas. Haliva permanecerá no cargo até um sucessor ser indicado.

Ele é assim o primeiro funcionário do alto escalão militar e de segurança a renunciar devido a falhas relacionadas ao ataque do Hamas, no qual terroristas invadiram comunidades israelenses e mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e levaram cerca de 250 reféns para a Faixa de Gaza.

O Exército iniciou uma investigação interna no final de fevereiro, cujas conclusões deverão ser apresentadas ao chefe do Estado-Maior no início de junho.

"A divisão de inteligência sob o meu comando não esteve à altura da tarefa que nos foi confiada. Carrego esse dia negro comigo desde então, dia após dia, noite após noite, e carregarei a dor comigo para sempre", afirmou Haliva em sua carta de renúncia.

Já em outubro, Haliva, com 38 anos de serviço nas Forças de Defesa de Israel, assumiu parte da culpa pela lentidão da resposta contra milhares de terroristas do Hamas, que no dia do ataque assumiram o controle de mais de uma dezena de comunidades israelenses e chegaram a andar armados em 3% do território do país.

Esperava-se que Haliva e outros líderes militares e de segurança renunciassem em resposta às falhas que levaram ao ataque. Mas o momento das renúncias não ficou claro porque Israel ainda está combatendo o Hamas na Faixa em Gaza e lutando contra o grupo militante libanês Hisbolá no norte. As tensões com o Irã também estão em alta após ataques mútuos.

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, saudou a decisão de Haliva e pediu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que siga o exemplo.

as/bl (AP, Lusa)