1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

"Há dinheiro" para autárquicas apesar de "boom" no orçamento

31 de janeiro de 2023

Custos do processo eleitoral mais do que duplicaram com a introdução da Tabela Salarial Única (TSU). Mas o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) garante que há orçamento para as autárquicas deste ano.

https://p.dw.com/p/4Mv8t
Foto de arquivoFoto: DW/M. David

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) garantiu esta terça-feira (31.01) que há dinheiro para realizar as eleições autárquicas em outubro deste ano.

O orçamento inicial para o processo era de pouco mais de 6 mil milhões de meticais (cerca de 86,7 milhões de euros). Mas com a implementação da nova Tabela Salarial Única, com aumentos nos salários dos funcionários públicos, a fasquia aumentou para 15 mil milhões de meticais (mais de 216 milhões de euros).

Loló Correia, diretor-geral do STAE
Loló Correia, diretor-geral do STAEFoto: R. da Silva/DW

Ainda assim, o diretor-geral do STAE, Loló Correia, disse que o Governo está a fazer esforços financeiros para que o processo ocorra sem constrangimentos.

"Neste momento, já temos a indicação de parte do orçamento. Vamos começar a trabalhar com ele e acreditamos que teremos toda a situação resolvida", afirmou Correia, sem avançar dados mais concretos.

Máquinas do recenseamento piloto

Amanhã começa o recenseamento eleitoral piloto em três províncias, para a testagem das máquinas, que decorre até 20 de fevereiro.

Loló Correia voltou a garantir que o orçamento para este processo existe. Mas, mais uma vez, não avançou números.

"Não vou precisar em termos numéricos o orçamento específico para o 'piloto', porque as máquinas usadas para o 'piloto' serão as mesmas para o recenseamento. Portanto, é o lote todo", explicou.

Mosambik Inhambane Wahlregistrierung
Recenseamento eleitoral piloto será em três províncias: Nampula (distritos de Meconta, Mogovolas e Murrupula), Manica (distritos de Mossurize, Vandúzi e Macate) e Maputo (distritos de Matutuíne, Magude e Moamba)Foto: DW/L. da Conceição

Nesta terça-feira, partidos políticos, sociedade civil e a Comissão Nacional de Eleições (CNE) sentaram-se à mesma mesa para debater o início do recenseamento piloto. O processo está a ser contestado pela oposição.

Manuel Mucasto, Movimento Democrático de Moçambique (MDM), acredita que as máquinas usadas no processo serão utilizadas para a fraude. E mencionou experiências passadas: "As máquinas sempre apresentam problemas. Afinal, estamos a testar o quê?"

Além disso, "os problemas destas máquinas têm acontecido naquelas províncias e distritos onde a oposição tem maior representatividade", acrescentou Mucasto.

O diretor-geral do STAE tranquiliza os partidos da oposição de que não está a ser preparada qualquer manobra para a fraude eleitoral.

Segundo Loló Correia, os dados da fase piloto não serão integrados no processo normal de recenseamento de eleitores. "Porque, depois do recenseamento piloto, as máquinas usadas serão [adicionadas] ao grupo de máquinas que vamos usar durante o recenseamento [normal]. E todas as informações que estão dentro destas máquinas serão completamente limpas, antes de irem às brigadas."

Moçambique: A Tabela Salarial Única e as suas "iniquidades"

Saltar a secção Mais sobre este tema