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EconomiaSão Tomé e Príncipe

Custo de vida: São Tomé quer transformar a economia

15 de março de 2023

A luta pela sobrevivência em São Tomé e Príncipe tornou-se bastante mais dura, depois da subida do preço dos combustíveis devido aos ajustes no mercado internacional.

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Foto: João Carlos/DW

Em São Tomé e Príncipe, está tudo mais caro. Depois da subida do preço dos combustíveis, os transportes e os alimentos ficaram mais caros. O poder de compra da população reduziu drasticamente e os empresários agroindustriais dizem estar bastante preocupados.

"Eu tento vender, mas as pessoas levam fiado, não pagam", conta o empresário Ostílio Cosme, da zona sul de São Tomé.

"Não consigo pagar salários. Tudo isso faz com que o negócio não vá para frente, os meus lucros estão a diminuir e estou realmente desmotivado."

Mercado em São Tomé
Classe empresarial exige mais comprometimento do GovernoFoto: João Carlos/DW

Os empresários, detentores de médias e grandes empresas responsáveis pela produção agrícola e pecuária, dizem esperar uma intervenção urgente do Governo para mudar o cenário atual.

"Esperamos o apoio do Governo, esperamos maior controlo", apela o empresário Osvaldo Sousa.

Transformar a economia

O desespero dos agricultores e dos empresários reflete a dinâmica do mercado informal. As comerciantes de produtos agrícolas também reclamam do baixo poder de compra no mercado, que tem gerado prejuízos.

Segundo o ministro da Agricultura, Abel Bom Jesus, a transformação da economia pode ser uma solução para ultrapassar a crise.

"Primeiramente, vamos transformar, para garantir a existência do produto no mercado; a seguir, a qualidade e, depois, partir para a exportação", afirmou.

A antiga primeira-ministra são-tomense Maria das Neves, diz que o Governo deveria apostar mais na agricultura para travar a crise económica no país.

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"A terra hoje, para nós, reveste-se de grande importância numa perspetiva de segurança alimentar. Estamos num contexto de guerra, com um impacto negativo quer a nível nacional, quer a nível internacional. Temos ainda os efeitos da pandemia da Covid-19, para além dos efeitos das catástrofes de que temos sido vitimas", lembrou.

Para Maria das Neves, "não há outra alternativa" que não seja assegurar a terra para plantar, "valorizar a terra para se garantir a segurança alimentar, porque, atualmente, importar alimentos, é difícil num contexto tão complicado".